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27/10/2014



O  Rio Grande do Sul elegeu José Ivo Sartori (PMDB) seu novo governador. Com 100% das urnas apuradas até às 22h04min, o peemedebista somou 3.859.611 votos e superou o candidato à reeleição e atual governador, Tarso Genro (PT), em mais de 1,4 milhão de votos.

Com isso, o ex-prefeito de Caxias alcançou 61,21% da preferência dos eleitores (excluídos os que votaram nulo e branco), contra 38,79% de Tarso Genro (PT).

Com a eleição de Sartori, o Estado volta a ser administrado pelo PMDB, que não obtinha o maior cargo estadual desde Germano Rigotto (2003-2006). O índice de abstenção é de 18,22% (1.437.299), o de votos brancos 3,11% (200.687) e nulos 4,99% (321.610).

A vitória coroa uma campanha que apostou na posição de não partir para o ataque, deixando a briga para os dois favoritos: Ana Amélia (PP), com o discurso da mudança, e Tarso Genro (PT), que focou na desconstrução da carreira política da ex-jornalista.

Contrariando as pesquisas, o Sartorão da Massa, como ficou conhecido nas redes sociais, deixou a senadora para trás e alcançou a primeira colocação, superando inclusive o candidato petista. Sempre pedindo para os gaúchos confiarem nas "pesquisas dos corações", o farroupilhense contou com o apoio de PSD, PPS, PSB, PHS, PT do B, PSL e PSDC na coligação O Novo Caminho para o Rio Grande e surgiu como uma terceira via simpática, em contrapartida à agressividade típica das campanhas polarizadas. No segundo turno, a candidata do PP também declarou apoio ao peemedebista.

— Bom administrador não é o que promete, mas o que sabe fazer. Estou preparado, tenho experiência e sei como fazer — garantiu Sartori no último debate entre governadores, na RBS TV.

No segundo turno, Sartori adotou a estratégia de mostrar seus feitos como prefeito de Caxias do Sul por dois mandatos. Além disso, insistiu no jargão "meu partido é o Rio Grande":

— Um governo precisa funcionar para as pessoas e todos os setores. O governo não poder ser só de um partido — disse Sartori no primeiro debate do segundo turno, reafirmando que manteria boas iniciativas do antigo governo, além de superar preconceitos ideológicos e partidários para utilizar o que melhor há de recursos humanos no Estado.

Ao desbancar Ana Amélia, o ex-prefeito de Caxias acabou tendo que comprar a briga. Quando passou a ser acusado de não apresentar propostas, tentou demonstrar que era "melhor ser um cheque em branco (como Tarso o chamava) do que um cheque sem fundo". Referia-se às promessas não cumpridas do petista. Superou ainda a polêmica sobre o piso dos professores — em um vídeo, Sartori dizia que "piso bom eu acho na Tumelero".

Sartori mantém a tradição gaúcha de não reeleger governadores. No período democrático, o Rio Grande do Sul nunca manteve um governador após o primeiro mandato. Aos 66 anos, prestes a completar 67, o farroupilhense é o governador mais velho a assumir o Estado desde a redemocratização (marcada pela eleição de Jair Soares). Sartori, que assumirá em 1º de janeiro, será o primeiro governador do Rio Grande do Sul nascido em Farroupilha.



 
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