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08/07/2022

O  RS foi o estado com maior número de projetos aprovados, conquistando 25% dos recursos previstos no edital da Finep, principal agência de fomento à inovação do governo federal.

De acordo com a Lei de Moore, a tecnologia evolui dobrando a sua capacidade a cada 18 meses. Esse ritmo exponencial exige ambientes inovadores. Os parques tecnológicos são ecossistemas de negócios com foco na inovação para fazer frente à velocidade que a nova economia exige para empreender.

No final do mês de junho, foi divulgado o resultado do edital de fomento à implantação e operação de parques tecnológicos da Finep, empresa pública ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTi). A notícia foi muito positiva. Dos 48 projetos referentes a iniciativas em todo o território nacional, 12 são gaúchos. O RS foi o estado que mais recebeu recursos, seguido por SP, com 9 projetos, e MG, com 5 propostas aprovadas.

No total, mais de R$110 milhões em recursos financeiros não reembolsáveis vão ser destinados para nove municípios gaúchos, voltados ao desenvolvimento tecnológico e de ecossistemas de inovação. Os projetos participantes do edital da Finep foram aprovados na fase de avaliação do mérito. Os recursos ainda não foram destinados às instituições executoras.

O presidente da Famurs, Paulinho Salerno, escolheu a inovação como sua principal bandeira de gestão, e como especialista em Ecossistemas de Inovação, comemorou o aporte de recursos nos parques tecnológicos.“Os parques aproximam as empresas da geração do conhecimento.Esse resultado demonstra uma mudança no mindset que vem sendo construída no nosso estado que é transformadora”, destacou.

Mais investimentos nos parques tecnológicos do Estado e a implantação de novas estruturas colocam o RS na vanguarda da inovação. “Os parques tecnológicos são estratégicos para o desenvolvimento econômico e social nos municípios, pois integram universidades, empresas, organizações sociais e setor público, formando ecossistemas de inovação e empreendedorismo. A realização do South Summit em Porto Alegre também é resultado dessa nova cultura emergente”, acrescentou.

O Stanford Research Park, considerado o primeiro parque tecnológico do mundo, foi construído em 1951. Hoje, os EUA ocupa a primeira posição em 13 dos 81 indicadores utilizados para compor Índice Global de Inovação (2021), incluindo investidores empresariais globais em P&D, operações de capital de risco recebidas, a qualidade de suas universidades, a qualidade e o impacto de suas publicações científicas (índice H), o número de patentes por origem e e-participação.

Nessa rota estão os municípios gaúchos. Santa Maria conquistou a aprovação de dois projetos. A UFSM vai receber R$10 milhões para construir um prédio de 1,2 mil metros quadrados para a sede do Parque de Inovação, Ciência e Tecnologia (PICT). O projeto prevê a instalação de três hubs de inovação nas áreas de bioinsumos, agrotecnologias e foodtechs. Hoje, a UFSM tem 45 empresas de base tecnológica incubadas, que geram cerca de 300 empregos diretos e faturam mais de R$13 milhões ao ano. Na Universidade Franciscana, R$ 4,4 milhões serão aplicados para implantar novos laboratórios. O objetivo é ampliar as atividades de fomento ao empreendedorismo e inovação, e atuar na área da biotecnologia.

Porto Alegre obteve a aprovação de três projetos, com investimentos previstos no Tecnopuc, Parque Zenit UFRGS e a implantação de um Parque Tecnológico e de Inovação em Saúde no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. São Leopoldo, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Lajeado, Santo Ângelo, Campo Bom também foram contemplados no edital.

Como se não bastassem os dados econômicos que refletem vantagens a economias inovadoras, um estudo da Universidade de Toronto relaciona o crescimento da produção científica com o desenvolvimento de centros urbanos. A partir do levantamento de artigos publicados em mais de uma década em instituições de pesquisa localizadas em aglomerados regionais, os dados da pesquisa conduzida pelo geógrafo Meric Gertler sugerem que onde as universidades estão presentes promovendo interações com empresas e organizações da sociedade, a economia e o ambiente da cidade melhora. Mais um aval para a importância dos parques tecnológicos.

Parques tecnológicos contemplados:


PORTO ALEGRE | GRANPAL
Tecnopuc - Estruturado em Porto Alegre e em Viamão, envolve empresas públicas e privadas, centros de pesquisa, startups e entidades profissionais e empresariais. Hoje, forma um ecossistema com mais de 199 organizações, somando mais de 6,2 mil pessoas envolvidas. O parque tecnológico mantém mais de 150 conexões com ambientes de inovação no Brasil e no Mundo. Apoia mais 300 startups. Possui um ambiente voltado à saúde, o Tecnopuc Saúde (INSCER).

Parque Zenit UFRGS - O Parque Científico e Tecnológico da UFRGS conta com 36 empreendimentos em seu portfólio, além de quatro empresas associadas não residentes. Com foco em novas ideias que transformem o setor produtivo e levem produtos e serviços inovadores à sociedade, os serviços são prestados com base em três pilares: capacitação empreendedora, incubação e inovação aberta. As seis redes de incubadoras tecnológicas da UFRGS integram a estrutura do Parque Zenit. Além disso, o parque é associado a instituições de inovação no âmbito nacional e internacional.

Parque Tecnológico e de Inovação em Saúde - O projeto do Hospital de Clínicas de Porto Alegre está ligado ao Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (Nitt). O objetivo é facilitar e viabilizar as iniciativas de inovação e transferência de tecnologia para o benefício da sociedade. As áreas de atuação contemplam bioderivados, equipamentos, software e TI e tecnologias sociais. O primeiro licenciamento de tecnologia do Clínicas aconteceu em novembro de 2004, com a transferência de tecnologia de uma órtese para via aérea a uma empresa privada.

SANTA MARIA | AMCENTRO
PICT - O Parque de Inovação, Ciência e Tecnologia (PICT) da UFSM será gerido pela Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec), responsável pela administração das incubadoras de empresas com base tecnológica da UFSM, que conta, hoje, com 45 empresas de base tecnológica incubadas, que geram cerca de 300 empregos diretos e faturam, juntas, cerca de R$13 milhões ao ano. O projeto prevê a instalação de três hubs de inovação nas áreas de bioinsumos, agrotecnologias e foodtechs.

ITEC Park UFN - O ITEC Park UFN foi potencializado no ano de 2018, quando os estudos com a construção de plano de negócios, planejamento estratégico e posicionamento regional e local foram iniciados. A proposta parte dos eixos de Biotecnologia, Saúde e Educação. A incubadora da universidade tem 20 projetos, além de empresas residentes e uma parceria com a multinacional francesa Atos.

SÃO LEOPOLDO | AMVARS
Tecnosinos - O Parque Tecnológico São Leopoldo abriga empresas nas áreas de Tecnologia da Informação, Semicondutores, Automação e Engenharias, Comunicação e Convergência Digital, Tecnologias para a Saúde e Energias Renováveis e Tecnologias Socioambientais. Atualmente, são 110 empresas nacionais e internacionais, um faturamento de mais de R$ 2,5 bilhões e 120 registros de propriedade intelectual. Há seis países presentes no parque: Brasil, Alemanha, Coreia do Sul, Holanda, Índia, Suécia e Suíça.

CAXIAS DO SUL | AMESNE
TecnoUCS - O Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação da Universidade de Caxias do Sul tem sede em Caxias do Sul. Incentiva o crescimento, a criatividade e a descontração, conectando o meio acadêmico com a indústria. Possui quatro empresas consolidadas residentes: Ford, Marcopolo, Mercosul e IBR Redutores. e 11 startups residentes e em fase de desenvolvimento e duas associações empresariais: Bracham e Instituto Hélice. Há também quatro empresas em processo de incubação e outras onze em pré-incubação, sendo quatro em Caxias do Sul e sete em Nova Prata.

PASSO FUNDO | AMPLA
UPF Parque - O UPF Parque Científico Tecnológico detém mais de 100 registros de softwares e depósitos de patentes, além de 14 patentes já concedidas, entre outras propriedades intelectuais desenvolvidas e protegidas. Estão em andamento 35 projetos de interação entre a universidade e empresas e, no último ano, mais de 30 startups receberam mentoria. Trabalha com as verticais Saúde digital, Agronegócio, Tecnologias de Informação e Comunicação, EdTechs e Indústria Criativa.

PELOTAS | AZONASUL
Pelotas Parque Tecnológico - Possui como foco principal o desenvolvimento de produtos e soluções inovadoras em três áreas de atuação: tecnologia da informação e comunicação; tecnologia em saúde e indústria criativa.O parque tem um modelo baseado na colaboração entre governo, representado pela Prefeitura, universidades e institutos de pesquisa, e iniciativa privada. Possui projeto de implantação de uma usina de energia fotovoltaica.

CAMPO BOM | AMVARS
Feevale Techpark - Com unidades em Campo Bom, o Feevale Techpark possui 11 empresas incubadas e 78 empresas residentes. Essas empresas geram um faturamento anual de mais de 236 milhões, gerando 450 empregos indiretos. São divididas em cinco grandes áreas de atuação: Tecnologia da Informação e Comunicação, Indústria Criativa, Materiais e Nanotecnologia, Ciências da Saúde e Biotecnologia, Ciências Ambientais e Energias Renováveis.

LAJEADO | AMVAT
Tecnovates - O Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari é um ambiente de inovação, da Univates, que conta com o apoio de entidades públicas e privadas. Oferece a pessoas e empresas nacionais e internacionais estrutura para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), principalmente nas áreas de tecnologia de alimentos, tecnologias ambientais e energéticas e tecnologias em saúde e bem-estar, tendo como suporte as tecnologias da informação e da indústria criativa.

SANTO ÂNGELO | AMM
TecnoURI Missões - A atuação é focada no fomento à produção criativa e tecnológica nas áreas de Tecnologia da Informação, Comunicação e Convergência Digital; Inovação e Tecnologias nas Engenharias, Automação e Tecnologias Socioambientais; Tecnologia e Inovação na Agroindústria e Agropecuária; Alimentos, Inovações Farmacêuticas e Nutracêutica. Possui o Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica (NITT) e a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Urinova).




Texto e Foto: Janis Morais e Ellen Renner

 
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