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| 11/10/2021 |
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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação de 1,16% em setembro de 2021 depois de ter avançado 0,87% no mês anterior, conforme divulgado pelo IBGE. Essa foi a maior variação para um mês de setembro desde 1994 (1,53%). Assim, a inflação acumulada em 12 meses foi de 10,25%, bem acima da meta de 3,75%.
Dos nove grupos que compõem o índice, apenas Educação (-0,01%) não aumentou em relação ao mês anterior. O grupo que teve o maior impacto sobre a variação do índice mensal foi Habitação. No mês houve alta de 2,56% o que representou 0,41 p.p. na variação do IPCA no mês. O item energia elétrica residencial foi responsável por 0,31 p.p. da alta do índice geral. O aumento substancial na energia decorreu da necessidade imposta pela crise hídrica de se acionar as termoelétricas, onde o custo de produção é mais elevado. A instituição da bandeira de escassez hídrica que cobra R$ 14,20 para cada 100 kWh representou um aumento de quase 50% sobre o valor da bandeira vermelha patamar II vigente anteriormente. O grupo Transportes teve o segundo maior impacto sobre o índice. A variação de 1,82% representou um incremento de 0,38 p.p. no índice do geral. O item gasolina teve a principal contribuição (2,32%; 0,14 p.p.) seguido de passagens aéreas (28,19%; 0,1p.p.). Embora tenha tido alta menor que a do mês anterior (1,39% em agosto), o grupo Alimentação avançou 1,02% e teve o terceiro maior impacto no índice geral (0,21 p.p.). A principal alta do grupo ocorreu em aves e ovos (3,99%) que teve impacto de 0,05 p.p. na inflação do mês.
Na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), o IPCA teve variação de 1,53% em setembro depois de uma alta de 0,71% em agosto. Os principais grupos a contribuir para o aumento foram Transportes (3,09%; 0,65 p.p.), Habitação (3,69%; 0,56 p.p.) e Saúde e cuidados Pessoais (0,73%; 0,09 p.p.). Dessa forma, o IPCA da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) registrou alta de 11,37% em 12 meses, avançando em relação aos 10,44% do mês anterior.
No que diz respeito ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em setembro, sua variação no país foi de 1,20%, acumulando alta de 10,78% em 12 meses. Na RMPA, o INPC teve variação de 1,48%, com variação acumulada de 12,06% em 12 meses.
O índice de difusão do IPCA que aponta o percentual dos 377 itens investigados pelo IBGE apresentou queda na passagem de agosto para setembro. No mês anterior, 72% dos itens pesquisados apresentaram alta na comparação com o mês anterior; em setembro o indicador foi de 65,0%, o que continua sendo um percentual historicamente alto.
De acordo com o Boletim Focus do dia 04/10/2021, a expectativa para o ano de 2021 é que o IPCA encerre o ano em 8,51%. Há 26 semanas consecutivas há deterioração das expectativas inflacionárias para 2021. Nesse cenário, o mercado espera um Selic de 8,25% no fim do ano. |
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