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25/05/2015



Audiência  Pública na Assembleia Legislativa, na manhã desta segunda-feira (25), apresentou o trabalho e o funcionamento da Procuradoria da Mulher do Senado Federal, bem como debateu a participação política das mulheres. A pauta foi proposta pelas deputadas Stela Farias (PT) e Manuela d Ávila (PCdoB).

A deputada Silvana Covatti (PP) abriu o encontro, em nome da presidência da Assembleia Legislativa, dando as boas vindas à senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) às parlamentares estaduais, aos representantes de secretarias de Estado e às entidades da sociedade civil. "Fazer a vida pública é um grande desafio, mas este é um desafio que a mulher gosta", sublinhou a deputada ao destacar que a vida das mulheres é quotidianamente marcada pelos desafios. Ela defendeu a ampliação da participação das mulheres na política e conclamou a todas a se unirem na luta para garantir maior espaço de representatividade das mulheres nos parlamentos.

A deputada Manuela d Ávila (PCdoB) agradeceu a participação de todas as mulheres na audiência pública desta manhã e atacou a proposta de reforma política que deve ser apreciada e votada ainda nesta semana em Brasília. Para a parlamentar, é necessário acabar com o financiamento privado das campanhas políticas, justamente por estarem na raiz da corrupção. "Nós mulheres desapareceremos da política com a aprovação do distritão. Nós mulheres e todos aqueles que representam opiniões", alertou a parlamentar, ao lamentar que o Congresso Nacional reaja às pressões justas do povo brasileiro para se ver representado com respostas falsas, como é o caso da reforma política que está por ser votada e que não amplia os espaços das mulheres na política.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) destacou que razão pela qual a campanha "Mais Mulheres na Política" seja feita no Brasil inteiro é justamente para que cada estado e cada cidade tome consciência da importância do que será votado em Brasília, que é a reforma política. Para ela é necessário que se tenha a garantia que na reforma política se avance em vez de se retroceder. Vanessa defendeu o fim do FINANCIAMENTO empresarial de campanhas políticas, como forma de se estancar a corrupção na vida pública e atacou o distritão. Para ela, se o distritão for aprovado, o sistema que já é ruim será ainda pior, pois a política será personalizada, em vez de ser programática.

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) defendeu a ampliação do espaço das mulheres nos parlamentos como forma de estabelecer uma nova ética e um novo olhar para a vida pública brasileira. "A reforma política que o Brasil precisa deve possuir o olhar de gênero", tornando a política brasileira em algo mais democrático, justificou a parlamentar.

Para a deputada Miriam Marroni (PT) lamentou que o país e o estado estejam vivendo um período de retrocessos com relação à ampliação dos espaços das mulheres. Ela sugeriu que a bandeira de luta na reforma política seja o fim do FINANCIAMENTO privado de campanha.

A deputada Zilá Breitenbach (PSDB) criticou a reforma política que está por ser votada em Brasília sem que as mulheres tenham sido ouvidas. Para ela, a reforma em questão dificultará ainda mais a ocupação dos espaços de poder por parte das mulheres.

Any Ortiz (PPS) relatou as dificuldades vividas pelas mulheres nas instâncias partidárias dominadas pelos homens e alertou que a sociedade têm dificuldades de entender que ser mulher e ser mãe não exclui a ideia de ser política. Ela defendeu a unidade das mulheres na luta pela conquista de mais espaços na vida pública e que esta luta esteja acima das bandeiras partidárias.

A deputada Liziane Bayer (PSB) salientou que no Brasil ainda subsistem uma série de preconceitos que precisam ser vencidos, como a maior presença de negros e negras nos espaços de poder. Para ela, é necessário criar condições para que a representatividade política seja mais plural e equânime.


Em defesa da equidade

A escritora Márcia Tiburi manifestou sua intenção de ampliar a luta para a implementação do feminismo político como forma de se alcançar o empoderamento feminino e a consequente transformação da política.

Para a vereadora de Porto Alegre, Jussara Cony (PCdoB) é necessário continuar a luta para a construção de uma sociedade de iguais. "É o momento de reforçarmos os partidos políticos com a participação das mulheres", defendeu a parlamentar.

A vice-prefeita de Canoas, Beth Colombo, parabenizou a Assembleia pela realização do debate e destacou que as mulheres são apaixonadas por tudo aquilo que fazem e que a participação delas tornará a política ainda melhor.

Para a representante do Coletivo Feminino Plural, Télia Negrão, o Brasil ainda está muito atrasado no que se refere à ocupação dos espaços de poder pelas mulheres. Para o movimento feminista, a mudança do sistema político do país é um m pré-requisito para se retirar a mulher da condição de desigualdade frente aos homens.

A representante do governo estadual, Salma Valêncio, destacou que a sua luta dentro da política se dá justamente pelo empoderamento das mulheres na política. "Temos que mostrar cada vez mais que somos uma pauta política", salientou ao defender a ampliação dos espaços da mulher na política brasileira.

O corregedor Geral de Justiça do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, José Luiz Leal Vieira, parabenizou o Parlamento gaúcho pela criação da Procuradoria Especial da Mulher e destacou que o Poder Judiciário gaúcho é parceiro na ampliação dos espaços para a participação das mulheres na política.


Presenças

Também participaram do debate desta manhã a desembargadora Maria Berenice Dias, a presidente do Grupo Hospitalar Conceição, Sandra Fagundes, a ex-secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Ariane Leitão, a vice-presidente Nacional do PDT, Miguelina Vecchio, a presidente do PMDB Mulher, Regina Perondi, além de representações do PT Mulher RS, Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres RS, Coletivo feminino Plural, Coletivo de Mulheres da UFRGS, secretárias de políticas para mulheres, Codene, Semadi e Fecomércio, entre outras.

 
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