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23/04/2015



O  líder da bancada do PV, deputado João Reinelli, é um dos representantes do Parlamento gaúcho que participam do II Seminário Mercosul Cidadão, que acontece até sexta-feira (24), em Chapecó, Santa Catarina. Promovido pela União de Parlamentares Sul-Americanos e do Mercosul, a segunda edição do encontro tem como tema principal “Recursos Hídricos e a Gestão da Água”, escolhido em função da urgência de se discutir alternativas e buscar soluções para o agravamento da crise de abastecimento que muitos países vivem e que também é motivo de grande preocupação no Brasil, visto que há regiões do país em que a população sofre com seguidos períodos de seca e mais recentemente a situação de São Paulo que passou a enfrentar sérios problemas com a falta de água.

O deputado Reinelli destaca que os dados apresentados durante o seminário devem levar as autoridades a elaborar propostas para evitar o colapso no abastecimento. Recente estudo das Nações Unidas alerta para o fato de diversas nações estarem muito próximas de enfrentar até mesmo conflitos por falta de água. De acordo com o relatório da ONU, atualmente quase 750 milhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável e se nada for feito, até 2030, o planeta vai sofrer com um déficit de 40% no abastecimento. Uma ameaça à vida, ao desenvolvimento econômico e a estabilidade política. O relatório da ONU alerta ainda para o fato de que os maiores consumidores de água são a indústria, os setores agrícola e de geração de energia.

O geólogo e doutor em Ciências pelo Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, Luiz Fernando Scheibe, coordenador do projeto Rede Guarani/Serra Geral e professor emérito da Universidade Federal de Santa Catarina, abriu o seminário abordando as causas e consequências da crise hídrica no planeta. Luiz Fernando Scheibe chamou a atenção para a preservação da mais importante reserva de água doce da América do Sul, o Aquífero Guarani, e alertou sobre a necessidade em mudar a cultura do desperdício.

Segundo o professor, precisamos ter o entendimento de que a água é um recurso inesgotável e ressaltou, nesse contexto, a importância estratégica das águas subterrâneas e a gestão colaborativa entre os países, quando os recursos forem transnacionais. “O ciclo natural não está dando conta da renovação da água que nós precisamos e é urgente utilizá-la da melhor forma possível”. Scheibe também destacou iniciativas como a da população do Equador que votou a favor de uma mudança na Constituição que estabelece que o Estado e os cidadãos assumem o papel estratégico para a conservação do patrimônio natural, numa perspectiva de tratar a água como um bem de todos e por isso todos devem se responsabilizar por preservá-la.

No final do encontro será elaborada a Carta de Chapecó. O documento irá apresentar as propostas extraídas dos debates e será encaminhado às autoridades participantes do evento e ao Parlamento do Mercosul.

 
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